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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

21.04.25

No entanto há aldeias com ...


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O dia está atordoado, morreu o Papa Francisco, uns dias depois de outro latino-americano, o escritor Mário Vargas Llosa. Influentes num mundo em constante mudança, com impacto na sociedade colectiva. A religião e a literatura, um conjunto de princípios, a linguagem escrita como meio de expressão, unidas no bem e no mal. Ambas coabitam no mesmo espaço na biblioteca ambulante, a catedral, dos lugares, onde não é complicado viver. Venha quem vier tem acesso a histórias, trazer a (...)
01.04.25

O largo não tem o casaco ...


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O lugar habitual, onde as histórias se demoram na aldeia do Tubaral, aguardava pela chegada da biblioteca ambulante. Amável, alguém, pôs um pequeno banco a marcar o espaço, agradeci em voz elevada, para que todos ouvissem o meu reconhecimento. O largo está abotoado, as mesas de apoio da roupa exposta, a carrinha, das plantas dispostas para esconder as raízes debaixo da terra. A padeira sem interromper o ritmo do motor do veículo, não se demora, arranca logo após aviar as (...)
13.03.25

Em Alvega chove ...


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A estrada surpreendeu-me ao aproximar-me a levar a biblioteca ambulante à aldeia do Tubaral. O pavimento foi revestido ao longo da inclinada subida, indo para dentro da rua principal, adornando o largo da aldeia. O sítio onde a biblioteca ambulante permanece está reabilitado, apetece estar, encontrar-me com leitores junto da fonte. Branqueada para não desfazer a colocação  do tapete novo no largo, chamar os aldeões a beberem das palavras do lugar onde brotam histórias (...)
22.11.24

Se as mulheres fossem como a ...


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O tempo anda apressado, talvez seja o presente a  perder robustez, apesar da continua passagem dos dias, nas viagens e andanças. A aldeia do Tubaral é uma daquelas que deixou de ter tempo para os leitores se aproximarem da biblioteca ambulante. Perde população, não há esforço para leituras, será causalidade, sempre que as histórias a visitam, a aldeia desmaia. O ânimo, as mulheres que aguardavam a carrinha da padeira, desapareceu para sempre. O largo perdeu alegria, as vozes (...)
20.09.24

Desapareceram nas páginas da ...


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O largo tem dois carros estacionados, são demais quando a biblioteca ambulante também faz parte do exíguo espaço da aldeia. É o sítio de encontros, de passagens, de comércio ambulante, o padeiro, o automóvel da farmácia, demoram-se, e transitam no largo para qualquer outro local da aldeia. As histórias permanecem no mesmo lugar desde sempre, nas viagens e andanças. Testemunharam desde a primeira vez que aqui chegaram, no largo, as mulheres sentadas no banco de alvenaria (...)
03.09.24

É importante a mão do ...


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A aldeia do Tubaral continua na mesma, pouca gente, saem de casa apenas ao chamamento da buzina da carrinha do padeiro. No largo somente os raios do sol expandem alegria. A laranjeira onde a biblioteca ambulante se demora sob a sua larga copa, está cheia de pequenas laranjas verdes. O processo de amadurecimento não é espontâneo, tal e qual os leitores estarem prontos para uma leitura frequente. Não chega as histórias serem nutrientes necessários para a manutenção das funções (...)
21.06.24

O campo está cheio de ...


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O campo está cheio de formas geométricas, a disposição dos fardos de palha, rectangulares ou circulares, espalhados, empilhados, por vários terrenos planos, próximos das aldeias da minha terra, dão dinamismo à paisagem. Por terra está a palha ainda por enfardar nas máquinas agrícolas, mais formas e dimensões por meter em fardo. Podem ser representações de pensamentos e das palavras por meio da colocação ordenada dos fardos. Um modo de expressão pessoal, ou uma (...)
27.05.24

Depois de coisa nenhuma ...


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As fitas enfeitadas com triângulos coloridos, dançam impulsionadas pela cadência do vento, no pequeno largo na aldeia do Tubaral. As histórias cabem no rasto quando olhamos o céu azul, deixado pelas pessoas da aldeia, periodicamente são parte do acanhado largo, mas grande, a permitir a permanência da biblioteca ambulante. Não evitando, contudo, cada vez mais, a falta da comparência dos leitores. Embora as tiras compridas a dançaram por cima da biblioteca ambulante, demonstrem a (...)
08.05.24

No largo, a mulher sentada ...


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A biblioteca ambulante comporta-se como uma flor, no largo, vestida predominantemente de amarelo e outras cores alegres, a seduzir prováveis leitores, a voarem ao redor. Assim fazem os insectos a recolherem pólen, transportando-o depois para outras flores, provocando a fecundação. Os leitores atraídos vão contribuir, a repartir as palavras absorvidas, pela aldeia. Vão actuar de maneira a formarem outros leitores e assim sucessivamente ao ponto de gerarem um grupo de leitores na (...)
16.04.24

A sombra das casas em ...


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Absorto, quase dei um salto do banco, na biblioteca ambulante. Uma mulher deu-me a saudação, ao passar próximo, consolidou, em voz alta, há pessoas na aldeia. Afastou a dormência, tentando conquistar-me, a seguir apareceram outras, saindo do café, apressadas para chegarem a suas casas. Está calor, as histórias não são importantes para a solidez social destas, nem o olhar desviaram, na aldeia não se passava nada. A sombra das casas em Alvega, abrigou a biblioteca ambulante com (...)