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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

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A corrente afiada impulsionada por um motor ensurdecedor no limite do desempenho não se cansa de rasgar a lenha seca. O braço longo de ferro, da máquina pesada, retira pedaços enormes da camada amontoada de troncos  que foram árvores  para os colocar junto dos homens que os reduzirão ainda mais, transformando-os em lenha para as lareiras. Tem sido assim o trabalho nas última semanas a dispor com antecedência da energia renovável e sustentada. Na estrada não é difícil de avistar o transporte deste material amigo do ambiente, junto das casas, depois de descarregada, antes de ser arrumada nas garagens, nos lugares próprios. O calor que se faz sentir vai atrasar o dia em que a lenha se une ao fogo, o casamento, a combustão, é ainda um ritual nas lareiras, onde vivem as famílias, há quem tenha um dia ou mês do ano fixo para realizar este fenómeno. O frio pode estar atrasado,  ou adiantado ao previsto, é irredutível. Presenciando pelas aldeias da minha terra maneiras de viver das gentes que adoptam a vida rural por falta de alternativas, pela qualidade de vida que causa, apesar dos contragimentos conhecidos de todos nós. A biblioteca ambulante com as suas histórias é uma entre outros sem local determinado amenizando algumas fragilidades neste modo de existir.

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