Temos de ser condescendentes
Chuva e muito frio mimam a manhã nas viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra. Não vi a temperatura pela manhã, não estava frio, agora não posso sair da biblioteca ambulante, na aldeia da Ribeira do Fernando o vento, a precipitação, os 9º centígrados, uma união que não permite veleidade. O José teve o arrojo de se aproximar com a história, entrou num pulo, estava por acabar a leitura, não tinha tido tempo de a terminar. Perscrutando o seu olhar percebi a sua angústia, disseram-lhe pelo telefone, que havia outro leitor que a ambicionava. Não pode ser, respondi! Terá de aguardar que o José a acabe, disse! Com a renovação da história efectuada, o José lá foi à sua vida, agora venham as oportunidades para encerrar a história. Quem está longe tem dificuldade de compreender e conhecer o modo de vida rural, já o escrevi aqui, não são as pessoas que comandam os seus destinos é a terra. Em primeiro lugar a lavoura, a subsistência, outros poderão alcançar rendimento, mas mesmo assim não pode haver interrupções durante o período de semear, plantar e colher e manter. Muito bons são eles, não descuidam de obter conhecimento, de saber mais com as histórias, para isso temos de ser condescendentes.