Um laço cinzento difícil de ...
A manhã parece ter sido elaborada a partir do branco e do preto. Está melancólica, cinzenta, são as cinzas, do resto do fogo depois do fim de semana, no qual descontraímos com a família e amigos. Houve leitores a levarem de lado para o outro, a repetirem, o empréstimo, das histórias. A temperatura, mais baixa, afrouxou a propagação da primavera, a caminho do verão. As pessoas voltaram a hospedarem-se na roupa quente. Na ribeira o som da água a correr desenfreadamente desapareceu no meio das pedras roliças do leito. As palavras deste relato minucioso, cheio de personagens imaginários ou reais, deixaram de aparecer. Afogaram-se na água que desenrolou a história, ficaram na memória daqueles, do viajante das viagens e andanças, todas as vezes que atravessaram a ponte. Construção que estabelece o acesso ao conhecimento através da biblioteca ambulante. Incansável a ultrapassar as pontes, os obstáculos do isolamento das terras do interior, da resiliência à leitura por parte de alguns aldeões. Uma herança do passado laboriosa de interromper, um laço cinzento difícil de desatar.