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Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Histórias à Beira Rio, viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra

"Afinal, a memória não é um acto de vontade. É uma coisa que acontece à revelia de nós próprios." Paul Auster

Um objecto tão bom e importante

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Voltei ao vale, desta vez só de passagem, na direcção da aldeia do Pego, está cheio de regatos, de histórias que não se  vêem. O rebanho de ontem já estava no curral, depois de um dia no campo, nas pastagens, os animais acompanham o declinar do dia. Na aldeia do Pego o odor do fumo saído das chaminés das casas baixas, assim como o das carnes do porco nas grelhas aproxima-se das narinas do viajante das viagens e andanças. Quarta-feira, é sempre dia de petiscos nesta aldeia, onde o bucho é rei, há casas peculiares que transformam a carne do porco no carvão numa autêntica iguaria. Gosto do aroma campestre, da combustão da lenha de sobro, é curioso mas as madeiras de diferentes árvores libertam odores próprios quando ardem, são como as pessoas, são como as histórias. O cheiro do papel, da tinta de impressão é maravilhoso, antes de se iniciar a leitura e durante a mesma, é um complemento de um objecto tão bom e importante no nosso progresso. As histórias têm cheiros, «O perfume de PatricK SusKind»  é um exemplo, têm sabores, têm as viagens e andanças com letras pelas aldeias da minha terra.