Uma provocação...
No regaço do bairro as histórias tentam abrigo nas fracções dos prédios que preenchem o que foi em tempos, hortas, olival e mais para trás o local onde existiu um convento. Saíram os monges, voltaram outros, famílias encaixadas umas nas outras que não dão importância às histórias que os informam da importância histórica do lugar. São poucos os que desafiam as palavras, entram no café, sentam-se na pequena esplanada defronte da biblioteca ambulante e não se passa nada. Uma provocação para o viajante das viagens e andanças, que se levanta imediatamente. Sem receio, distribui pelos presentes surpreendidos pela audácia, jornais e revistas. O espanto rapidamente se esgota, percebem que a aproximação espontânea não tem maldade. Foi só para os pôr a ler um pouco, remove-los da monotonia de observarem o tempo a passar, dar-lhes autonomias que os façam ser pessoas mais informadas.