Viajarem nos dromedários ...
A alvura da tarde na aldeia de Martinchel, deve-se às histórias a cintilarem, perante a perspectiva de aparecerem leitores. São eles as estrelas nas viagens e andanças, as histórias salientam-se ao vê-los, impressionando-os com a magia das palavras, com os inimagináveis personagens ao longo das páginas. A biblioteca ambulante, não é mais que uma estrela cadente, sobre as aldeias da minha terra, anunciando a boa nova, o início de uma leitura, da vida independente, a lerem com gosto. As mãos, leitos sem grades, amparando, as mensagens, as opiniões, os ensinamentos, a permissão para sonharem. Viajarem nos dromedários com asas pelos céus despovoados de companhia, a difundirem o que nunca foi experimentado. Desafiando o silêncio, ouvindo vozes, escondidas, a falarem entre umas e outras, nas páginas de um conjunto de princípios.